31 de Outubro, Halloween.
O dia ia caindo e aos poucos as penumbras das árvores já tapavam o único sinal de luz que vinha da lua cheia, brilhante e redonda, lá longe no céu. Ruídos de bichos eram escutados a cada passo, o assovio do vento forte trazia consigo o cheiro do orvalho.
Mas não consegui reparar nisso tudo. Corri desesperadamente. Meu corpo tremia e meu coração disparava pela garganta sem que eu conseguisse controlar. No meu caminho de minha maratona, pisava e quebrava pequenos galhos, fazendo o barulho ecoar pela mata aparentemente vazia.
Olhei rapidamente para trás, sem parar de correr, a respiração pesada e pesarosa, finalmente o havia despistado. Mesmo assim não parei, sentia meu peito arfar de cansaço, minhas pernas tremiam de dor, mais isso não iria me forçar a parar ali.
Diminuí meu ritmo quando avistei uma claridade mais a frente. Era uma casa enorme, uma casa aparentemente feita por poloneses no séc. XIX de acordo com sua arquitetura, além do clássico e pequeno jardim e um caminho de pedras que levava até a porta.
Segui até a porta sentindo o peito aos poucos voltar ao normal e observando a variedade inusitada de flores que ali foram plantadas. A grande porta de madeira crua tinha rosas esculpidas à mão, talhadas com toda uma delicadeza que no fim parecia mais macabra mesmo.
Antes de adentrar na casa, olhei novamente para trás a fim de saber se o tinha despistado de uma vez por todas. Pelo vazio e silêncio que voltara a predominar na floresta, sim, ele não estava mais atrás de mim.
Entrei, fechando a porta rapidamente atrás de mim. Era um lugar grande, com uma escadaria coberta por um empoeirado tapete vermelho, gárgulas em toda a extensão do corrimão, pinturas de antigos moradores permaneciam penduradas em todas as paredes que minha visão alcançava.
Subi as escadas que davam para uma bifurcação, dois corredores, lado esquerdo e direito. Segui pelo corredor do lado esquerdo. Tinha muitas portas por toda a sua extensão, pinturas com grandes e douradas molduras e algumas armaduras serviam de decoração em todo o caminho.
Entrei por uma porta ao final do corredor em um quarto amplo e sem janelas, com uma enorme cama de casal e lençois de linho branco, travesseiros também extremamente brancos e macios. Joguei-me na cama sentindo meu corpo pesar com aquele cheiro de camélias dos móveis antigos. Fechei os olhos, precisava descansar.
Houve um estrondo e aos poucos abri os olhos, não queria acreditar que ele havia me encontrado ali. Estava tudo um pouco embaraçado, mas pude reconhecer o reflexo de alguém a minha frente.
A máscara branca por debaixo do capuz preto gargalhava, como ele havia conseguido me achar ali eu não sei. Pulei da cama achando que poderia correr, mas ele não deixaria tão fácil, segurou-me pelos ombros e empurrou-me até bater forte com as costas na parede.
Finalmente a havia encontrado. Dormia calmamente sobre aqueles lençóis incrivelmente limpos com a bundinha empinadinha sob a calça jeans. Seu peito arfava, fazendo seus seios subirem e descerem numa lenta dança que eu tinha muita vontade de abocanhar, mas ainda não era hora.
Bati forte com os pés no chão com o intuito de acordá-la. Dito e feito, ela pulou assustada da cama e me olhou meio eufórica, meio desesperada. Ri daquela situação, e logo em seguida a segurei pelos ombros e aos poucos fui empurrando-a até bater com as costas na parede.
Ela gemeu baixinho em um misto de dor e tesão, causando-me um arrepio pelo corpo todo que começou na minha nuca e terminou em meu falo. Sorri por debaixo da máscara que cada vez mais mantinha meu rosto quente, precisava tirá-la, mas ainda era muito cedo para isso.
Passei meus longos dedos pelas bochechas rosadas dela, podia sentir arder cada parte de seu rosto que eu tocava, pude ver o desejo dela refletido naqueles olhos verdes, ela queria aquilo tanto quanto eu e ambos sabiam disso.
Com ela entre meu corpo e a parede, desci as mãos pela lateral de sua cintura, pressionando-me contra ela, deixando que minha ereção já começando a ficar dura pudesse ser sentida por ela.
Deslizei a mão até chegar no meio de suas pernas ainda de jeans e notei na umedecida de lábios que ela deu um sinal de aprovação. Ela já não resistia mais. Queria sentir meu dedo dentro de seu buraco apertado, úmido, quentinho, mas eu não daria tudo tão rápido assim.
Sorri e devagar retirei a máscara que tapava meu rosto e confesso que fiquei aliviado em poder respirar novamente, porque aquele acessório era quente e sem muitos meios de ventilação.
Selei nossos lábios em um beijo desesperado e feroz, minha boca quase engolia a dela em algo animal, as línguas avançavam pelas bocas batendo-se contra os dentes de vez em quando, o beijo era ardente, esperado, desejado.
Aquele havia sido o beijo mais ‘carnívoro’ que eu já havia dado em qualquer cliente, então preferi não me entregar tanto àquele prazer. Separei nossos lábios e devagar fui descendo os lábios pelo pescoço, deixando algumas mordidas e chupões, enquanto ela arranhava de leve minhas costas por baixo da camiseta.
Tirei-lhe a camisa para que pudesse ver sua bela barriga, o seios redondinhos e de mamilos rosados, enrijecidos. Desci minha língua e envolvi seus mamilos por entre meus dentes mordiscando-os lentamente, alternava entre mordidas e chupadas, ela afagava e puxava meus cabelos de vez em quando, deixando escapar uns suspiros por entre os lábios.
Deixando um rastro de saliva e marcas vermelhas pelo seu colo, cheguei ao caminho que todo homem gosta de chegar e toda mulher espera que ele chegue. Ali, logo abaixo do umbigo, só de estalar uma mordida já fiz com que ela se contorcesse e soltasse um gemido gostoso.
Desci e tirei sua calça e calcinha numa rapidez que até a assustou, o que passou rápido logo que levei minha língua a descer por sua virilha e encostar lentamente em seu clitóris.
Ela ergueu uma de suas pernas e acomodou sobre meu pescoço enquanto entregava toda sua umidade à minha boca, língua, desejo. Chupei seu sexo, metendo minha língua de vez em quando dentro dela e ouvindo ao fundo que isso a fazia gemer mais alto.
Segurava-a pelos quadris empurrando-a mais para dentro de minha boca. Mordia seus grandes lábios, lambia toda a extensão de sua boceta lisinha, chupava seu clitóris e aos poucos estava a levando à loucura, prestes a gozar para mim.
Mas parei de repente quando senti o corpo dela começar a tremer. Ainda não estava na hora de leva-la até o ápice. Queria senti-la gozar enquanto a fodia, não enquanto fazia o melhor oral que ela já recebera.
Coloquei ela de quatro na cama e pedi que me esperasse. Andei até minha roupa, retirei uma camisinha e vesti-a em meu membro duro, latejante. Aquela era a melhor fantasia que já haviam me pedido e vê-la ali de quatro me deixava mais excitado ainda.
Ela me observava com um sorriso de canto de lábio, pude notar todas as suas curvas e o quanto ela era gostosa. Uma bunda carnuda, redondinha, cinturinha fina e seios fartos que quase tocavam o lençol com o mamilo.
Caminhei devagar até a cama, subi e ajoelhado na frente de sua bunda, penetrei-a um dedo, seguindo com o segundo que a fez soltar um gemido de dor. Ela havia pedido sem preparação alguma e assim eu ia fazer.
Não dei muito tempo e montei-a então, mantendo minha ereção na porta de sua bunda enquanto procurava a posição correta e mais confortável. Meti lentamente ouvindo seus gemidos de dor. Aos poucos fui criando um ritmo calmo e ela foi se acostumando ao incomodo até ele ser substituído por gemidos de prazer.
Passou então a rebolar no meu pênis e implorar que eu a fodesse mais forte. Segurava em sua cintura e obedeci, metendo num ritmo frenético e ouvindo-a gemer e gritar a cada investida minha.
Mantive-me lá, estocando mais rápido e forte, até ela implorar que eu não me mexesse, deixasse que fizesse o resto do trabalho. Assim o fiz, parei e deixei que ela empinasse e contraísse a bunda, fazendo meu membro bater violentamente contra si.
Pediu em meio a gemidos que eu a tocasse e assim o fiz, retirando as mãos de seu quadril, comecei a acariciar seu clitóris revezando entre movimentos de vai-e-vem dentro de si e leves círculos em sua boceta.
Senti minha ereção contrair-se no pequeno buraco e acabei ejaculando, retirando-me em seguida, mas continuei a masturbá-la até que ela também se derramasse exausta ao meu lado.
–sabe, hoje é meu aniversário. –quebrei o silêncio estabelecido naquele quarto agora abafado, lá fora o Sol começava a nascer.
Ele nada respondeu, apenas levantou e foi vestindo a roupa deixada de lado, segurou a máscara branca nas mãos.
–sabia que essa sua fantasia foi a melhor que já me pediram até hoje?
–ah é?
–sim, a que deu mais trabalho e mais canseira. –ele passou as mãos pelos cabelos molhados de suor.
–eu me esforço em minhas fantasias sexuais. –respondi levando minha mão até minha fenda úmida de tanto gozo.
–meu bem, eu preciso ir embora agora. –ele disse quando eu levantei e caminhei em sua direção. –quem sabe na sua próxima fantasia.
–hei, e o seu pagamento? –perguntei retirando um grande maço de notas de um dos bolsos da calça abandonada no chão.
–não quero. –e deu uma piscadela a mim antes de sumir porta afora.